Houve um panel dedicado ao PSVita na GDC, não feito pela Sony, mas pelo desenvolvedores indies que já trabalharam com a plataforma: Bobby King (Pinball Arcade), Richard Hogg (Frobisher Says), Brian Provinciano (Retro City Rampage) e Chris Harvey (Guacamelee, Tales From Space: Mutant Blob Attacks) e todos falaram sobre suas experiencias em trabalharem com a Sony e o PSVita. Nesse panel que foi moderado por Alex Neuse, da Gaijin Games, que confirmou também que seu game Runner 2 está chegando ao portátil.
O consenso esmagador foi que é uma grande ideia para os desenvolvedores menores trabalharem com o sistema, por varias razões, uma dela é que o mercado não está saturado como as iOS e Android Stores. Alem de ser facil trabalhar com a plataforma. Proviciano teve o seu port de Retro City Rampage jogável com apenas um dia de trabalho, Frobisher Says levou 8 meses para ser feito do recebimento do Dev Kit até a build final. Hogg citou que "como programador, quando desenvolvi para o Nintendo DS foi um dos piores períodos da minha vida", "enquanto trabalhando no Vita foi o oposto". Uma útil inclusão também é o acesso a equipe de suporte aos desenvolvedores da Sony que são prestativos e com assistência rápida, que até foram citados nos créditos deFrobisher Says pelo trabalho prestado ao estúdio.
Quando Neuse perguntou se os desenvolvedores participantes do panel tinham intenções de trazerem seus próximos projetos para o Vita, todos responderam positivamente de imediato. Bobby King até confirmou que o estúdio FarSight está trabalhando em uma ainda não anunciada nova IP para o PSVita, um action puzzle. E mais games já estão anunciados.
Provinciano comparou desenvolver para iOS como "jogando os dados" --especialmente para novos desenvolvedores-- porque é completamente aleatório como certos games viram viral enquanto outros grandes games quase não vendem. Hogg adiciona, "atualmente, desistimos de trabalhar com jogos iOS". King, com o seu Pinball Arcade que suporta cerca de 20 dispositivos Android, adorou ter desenvolvido para o Vita com suas especificações definidas e de ter conseguido 60 frames por segundo.
Mais algumas observações favoráveis à Sony foram feitas, assim como outras sugestões de melhorias.
Cross buy (compre uma vez e leve as versões PS3 e PSVita) é uma grande influência para as venda. King disse que 67% dos compradores de Pinball Arcade foram influenciados pelo cross buy. Falando sobre a capacidades do Vita, Provinciano adicionou " não há pressão para adicionar nenhuma dessas frescuras se elas não fizerem sentido".
A principal reclamação em desenvolver para a Sony é a questão dos territórios. Depois que os processos de testes e certificações são finalizados com o território em que se está trabalhando(ex. US), outra operação similar tem que ser feita para se lançar o game em outro território(ex. EU). É uma questão menor, tendo em conta a boa experiencia que tiveram.
Das coisa que Hogg disse a que mais chamou a atenção foi: " A maioria do pessoal na Sony é muito integrado com a comunidade indie. Eu não tive na relação com eles a sensação´Ugh, tenho que ir vender meu game para a produtora' ". Com o referido foco em desenvolvimento em menor escala-- Jonathan Blow trabalhando em The Witness para PS4 e sendo escolhido para a revelação do console-- parece que a Sony conseguiu. As barreiras para a entrada estão baixando e a Sony está mesmo parecendo uma amiga real aos desenvolvedores indies assim como iOS/Android e Steam parecem um pouco desinteressantes (esses serviços só fazem muito promover games menores). E claro alguns pequenos desenvolvedores parecem querer trabalhar com a Microsoft.